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9 de out. de 2015

Transtorno de Déficit de Atenção Hiperatividade.



Escala de avaliação do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade.

E TDAH-A D Versão adolescentes e adultos.
Escala de avaliação do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade.

Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, reconhecido como TDAH é um transtorno mental crônico que começa cedo (na infância), apresenta um curso de desenvolvimento e um quadro de sintomascaracterísticos ao longo da vida. Estudos longitudinais demonstraram que o TDAH persiste na vida adulta em torno de 60% a 70% dos casos (Barkley,2002) e a sua prevalência na vida adulta varia de 2 a 4% na mesma proporção entre homens e mulheres (Biederman e cols, 1994; Barkley e Murphy, 2008; Angold e Costello, 1998). A etiologia descrita na literatura alega que o TDAH pode ocorrer como resultado de bases multifatoriais, como os fatores genéticos, biológicos e neuropsicológicos, mas a predisposição genética para a manifestação do transtorno é acima de 50% (Barbosa, 1995). 
O impacto promovido pelo quadro de TDAH envolve prejuízos familiares, como estresse familiar, maiores conflitos no casamento e com os filhos, prejuízo nas relações interpessoais, atividades antissociais, problemas legais, risco para acidentes de trânsito e multas por excesso de velocidade; sucesso educacional limitado, prejuízos no emprego, dificuldades financeiras, sexo arriscado, gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis, bem como uso excessivo de cigarro, café e drogas (Barkley, 2011a; Mattos, 2003a).  

Barkley (1997) propôs uma teoria unificadora para explicar as disfunções observadas no TDAH. Barkley (2011b) relata que há uma combinação de três categorias interrelacionadas: baixa inibição, baixo autocontrole e problemas com as funções executivas. A baixa inibição conduz a um baixo autocontrole e à problemas com as funções executivas, as quais  ajudam a pessoa a decidir, exatamente, o que fazer quando se exerce o autocontrole. 
As funções executivas são as ações direcionadas que usamos para nos controlar, como inibição, memória de trabalho, controle emocional, planejamento e atenção. Quando inibimos o impulso de agir, recorremos a estas habilidades durante esta pausa. Para a utilização destas habilidades é necessário vontade e esforço, o que não é fácil, nem menos automático Barkley (2011c).  O sistema de autorregulação é a integração bem sucedida entre o aspecto cognitivo (pensamento) e o aspecto emocional (sentimento).
O tratamento do TDAH requer uma abrangente avaliação comportamental, psicológica, educacional e médica, seguida da educação do indivíduo ou dos familiares. O tratamento deve ser multidisciplinar e requer a assistência de profissionais de saúde mental, educadores e médicos em vários momentos de seu curso para ajudar a pessoa com TDAH no manejo contínuo do seu transtorno. Assim, muitos portadores poderão ter uma vida satisfatória, sentindo-se razoavelmente ajustados e produtivos (Barkley & Murphy, 2008).       Embora o diagnóstico de TDAH em adultos ainda seja motivo de embates, considera- se que ele possa ser realizado de modo confiável quando são utilizados critérios bem definidos, tais como o uso de escalas de avaliação que apresentem estudos de validade e precisão (Barkley, 2011b; Triolo & Murphy, 1996). 
A Escala de TDAH – Versão Adolescentes e Adultos (ETDAH–AD, Benczik, 2013) desenvolvida para a população brasileira, por meio de estudos estatísticos, demonstrou excelente nível de precisão e de fidedignidade, conta com 69 itens e avalia cinco fatores:1) Desatenção, 2) Impulsividade, 3) Aspectos Emocionais, 4) Autorregulação da Atenção, da Motivação e da Ação e 5) Hiperatividade. 

O fator 1
- Desatenção avalia alguns subdomínios de funções executivas, tais como permanecer alerta para engajar-se e cumprir com as exigências de uma situação, atenção concentrada, atenção seletiva, persistência do esforço e da motivação, principalmente em projetos de longo prazo. Habilidade para antecipar e prever eventos futuros, de reter na mente informações importantes das quais necessitamos para guiar as nossas ações, não se esquecendo do objetivo inicial, memória de trabalho, memória prospectiva, ritmo de trabalho, capacidade de organização, de assumir responsabilidades. 

O Fator 2 
Impulsividade avalia a capacidade de inibição do impulso, autocontrole, habilidades sociais, interações familiares e pessoais, adaptação nos contextos sociais e no seguimento de regras e normas institucionais.             

O Fator 3 
Aspectos emocionais avalia humor, sensação de fracasso, relacionamento interpessoal, isolamento e inflexibilidade diante de mudanças. 

O fator 4 
Autorregulação da atenção, da motivação e da ação avalia a regulação do comportamento para estabelecer prioridades e objetivos, considerando-se a atenção, motivação e a vontade, habilidade de planejamento e organização, a fim de atingir um objetivo, utilizando de estratégias eficazes, modificando-as com a flexibilidade mental necessária na busca de resolução de situações problema. É a Autorregulação do impulso, da motivação, da intensidade e do ritmo da ação mesmo na presença de possíveis obstáculos. 

O Fator 5 
Hiperatividade - avalia o nível de inquietação,  agitação comportamental,  ritmo acelerado que pode comprometer a qualidade do trabalho, nível de distração e instabilidade comportamental, como acidentar-se com facilidade (cair, tropeçar, esbarrar em móveis), qualidade do sono e memória prospectiva. 



A ETDAH-AD veio cobrir uma lacuna na área, é um instrumento validado e padronizado para a população brasileira, subsidia a prática profissional e auxilia na captação de informações relevantes para o diagnóstico de forma breve, rápida e prática. Pode ser utilizada por pesquisadores, psicólogos, neuropsicólogos, psicopedagogos, médicos e profissionais de saúde mental em geral.  


Por fim, a ETDAH-AD torna-se um recurso valioso no auxílio da quantificação dos relatos de portadores de TDAH, que por muitas vezes são nebulosos, proporcionando ao profissional a possibilidade de transformar uma informação de caráter subjetivo em uma forma mais objetiva (Triolo & Murphy, 1996), como também na elaboração de um plano de intervenção e como entrevis de follow-up destinado ao tratamento do adolescente e adulto com TDAH.   



Referência   
- Angold, A., Costelo, E.J. (1998). Three Month prevalence rates for ADHD in the Great  Smoky Mountains Epidemiologic Survey. Personal Communication.  (Barbosa, 1995);
Barkley, R.A (2011a). Scale of Attention Deficit Hiperactivity Disorder (BAARS-IV). New York. Guilford Press;
- Barkley, R.A (2011b). Scale of Disfuction Executive (BDEFS). New York. Guilford Press;
Barkley, R.A (2011c). Executive Functioning and Self Regulation in Adults with ADHD: Nature, Assessment and Treatment. Orlando, FL. CHADD;
Barkley, R.A (2002). Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade – Guia Completo para pais, professores e profissionais da saúde. Ed Artmed. RGS. 327 p.;
- Barkley, R. A. (1997). ADHD and the nature of self-controlNew York, NY: The Guilford Press;
Barkley, R.A., Murphy, K.R (2008). Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade.Artmed. p. 182;
Barbosa, G.A (1995). Transtornos Hipercinéticos. Infanto-Revista Neuropsiquiátrico da Infância e Adolescência. 3, 2-6;
Benczik, E.B.P (2013). Escala do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade – Versão Adolescentes e Adultos. Editora Vetor. São Paulo;
- Biederman, J., Faraone , S.V., Spencer, T., Wilens, T, Mick. E., Lapey, K.A. (1994). Gender differences in a sample of adults with attention deficit disorder. Psychiatric Research, 53, 13-29;
Mattos, P., Saboya, E., Kaefer, H., Knijnik, M. P., & Soncini, N. (2003a). Neuropsicologia do TDAH. Em L. A. Rohde & P. Mattos (Orgs.), Princípios e práticas em TDAH (pp. 63-74). Porto Alegre: Artmed;
Triolo, S.J. & Murphy, K.R. (1996). Attention Déficit Scales for Adults – ADSA. New York:Brunner/Mazel Publishers;
Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!
Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!
Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!
Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.Amigo é a base quando falta o chão!
Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!
Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!

Oração do Professor


"Obrigado, Senhor, por atribuir-me a missão de ensinar e por fazer de mim uma professora no mundo da educação.

Eu te agradeço pelo compromisso de formar tantas pessoas e te ofereço todos os meus dons.

São grandes os desafios de cada dia, mas é gratificante ver os objetivos alcançados, na raça de servir, colaborar e ampliar os horizontes do conhecimento.

Quero celebrar as minhas conquistas exaltando também o sofrimento que me fez crescer e evoluir.

Quero renovar cada dia a coragem de sempre recomeçar.

Senhor!

Inspira-me na minha vocação de mestre e comunicador para melhor poder servir.

Abençoa todos os que se empenham neste trabalho iluminando-lhes o caminho.

Obrigado, meu Deus, pelo dom da vida e por fazer de mim uma educadora consciente, comprometida hoje e sempre. Amém!"